terça-feira, 28 de maio de 2013

Incorporação de Princípios ativos em bases dermocosméticas e Farmacêuticas

http://www.farmavitae.com.br/files/all/images/Illust%201.jpgNa Farmácia de Manipulação um dos processos executados com maior freqüência é a incorporação (aditivação) de ativos em “Bases Dermocosméticas” com o intuito de agilizar e reduzir o tempo necessário para a preparação de produtos magistrais/oficinais.

A utilização de “Bases Dermocosméticas” torna a manipulação mais conveniente e eficiente, permitindo a padronização das formulações na farmácia, facilitando a escolha correta do veículo/excipiente a ser utilizado para um determinado ativo.

A “Base Dermocosmética” pode ser constituída de uma única substância ou por um conjunto delas, sendo preparações destinadas à aplicação externa devendo ser compatíveis com a pele e seus anexos. A “Base Dermocosmética” poderá apresentar-se como uma solução, suspensão, produtos emulsionados, pomada ou pó. Assim poderemos ter “Bases Dermocosméticas” constituídas apenas de um único componente (ex.: Vaselina Sólida) até múltiplos componentes como nos cremes e emulsões. Desta forma as “Bases Dermocosméticas” poderão ser sólidas, semi-sólidas ou líquidas, variando desta forma como ocorrerá a incorporação (aditivação).

A escolha da base a utilizar depende de vários fatores como o local de aplicação, compatibilidade com os ativos, desordem cutânea e com a aceitação do paciente, entre outros.

Neste momento iremos nos preocupar somente com a compatibilidade com os ativos; desta forma o primeiro fator a observar é a natureza física do principio ativo. Se ele é sólido, líquido, semi-sólido, solúvel, dispersível ou insolúvel na base escolhida. O segundo fator é se existe a necessidade da adição de coadjuvantes técnicos para facilitar a incorporação (aditivação).

Resumidamente, a incorporação deverá levar em consideração a natureza física da base dermatológica e dos ativos e a necessidade da adição de coadjuvantes para facilitar a dispersão, a concentração e a estabilidade do principio ativo e da base.

Primeiro, analisamos a adição de ativos em bases dermocosméticas semi-sólidas.

Como exemplos de bases dermocosméticas semi-sólidas podemos citar as pomadas propriamente ditas, os géis, os cremes. Inicialmente devemos avaliar a compatibilidade e a solubilidade do ativo na base dermocosmética, assim sendo;

·

Para Ativos Sólidos em Base Semi-sólida:

1. Quanto maior o grau de divisão de um sólido maior será a sua solubilidade;

2. Quando se tratar de ativo insolúvel ou parcialmente solúvel este deverá ser dividido o mais finamente possível em um almofariz para depois ser incorporado à base;

3. Se o ativo for facilmente solúvel, podemos, solubilizar inicialmente em um co-solvente apropriado, o qual poderá ser uma parte da base fundida (caso das pomadas), ou outro facilmente incorporável na base e após adicionar à base.

4. Se o ativo for solúvel e a quantidade de co-solvente para solubilizar for muito grande devemos escolher o que melhor se adapta a base e após, molhar com uma pequena quantidade, formando uma “pasta” para depois incorporá-lo a base.

5. Se o ativo for insolúvel este deverá ser finamente pulverizado e depois “molhado” com um agente molhante apropriado até formar uma pasta a qual depois é incorporada a base.

6. Na Prática:

a. Em um gral, adicionar o(s) pó(s) um a um, homogeneizando por trituração até a tenuidade desejada;

b. Molhar ou solubilizar os pó(s);

c. Adicionar q.s. da base (± 50%) e homogeneizar;

d. Adicionar o restante da base e homogeneizar (Obs: Incorporar a Base em Progressão Geométrica).

·

Para Ativos Líquidos em Base Semi-sólida:

1. Se o ativo for facilmente solúvel, podemos incorporá-lo diretamente na base.

2. Se o ativo for insolúvel, adicionar um agente solubilizante (Tween® ou PEG 400, para bases hidrofílicas e Span®, para bases lipofílicas), na menor quantidade possível e após incorporar na base.

3. Na Prática:

a. Em um gral adicionar q.s da base (± 50%);

b. Incorporar o ativo líquido (puro ou com o agente solubilizante) um a um, homogeneizando a cada adição;

c. Adicionar o restante da base e homogeneizar (Obs: Incorporar a Base em Progressão Geométrica).

 

· Para Ativos Sólidos e Líquidos em Base Semi-sólida:

1. Fazer as análises tanto do sólido e do líquido antes da incorporação.

2. Na Prática:

a. Em um gral, adicionar o(s) pó(s) um a um, homogeneizando por trituração até a tenuidade desejada;

b. Molhar ou solubilizar os pó(s);

c. Adicionar q.s. da base (± 50%) e homogeneizar;

d. Incorporar o ativo líquido (puro ou com o agente solubilizante) um a um, homogeneizando a cada adição;

e. Adicionar o restante da base e homogeneizar (Obs: Incorporar a Base em Progressão Geométrica).

 

Em segundo, analisamos a adição de ativos em bases dermocosméticas e farmacêuticas Líquidas.

Como exemplos de bases dermocosméticas e farmacêuticas Líquidas podemos citar as soluções (Xaropes, Elixires, Alcoóleos, Hidróleos), Emulsões (Leite, Loções, Loções Cremosas) e as Suspensões (Orais e Tópicas).

 

Para Ativos Sólidos Solúveis em Base Líquida:

1. Quanto maior o grau de divisão de um sólido mais fácil será a sua solubilização;

2. Se o ativo for facilmente solúvel, podemos, solubilizar inicialmente em um co-solvente apropriado, o qual poderá ser uma parte da base ou outro facilmente incorporável na base e após adicioná-lo à base.

3. Na Prática:

a. Solubilizar os pós um a um com o co-solvente apropriado, no próprio cálice;

b. Adicionar q.s. da base até a metade da quantidade prescrita (± 50%) e homogeneizar;

c. Adicionar o restante da base e homogeneizar (Obs: Incorporar a Base em Progressão Geométrica).

d. Filtrar se necessário.

4. Se o ativo for facilmente solúvel, porém apresentar-se com baixa tenuidade, devemos em primeiro lugar, dividi-lo finamente em um gral, e após solubilizar em um co-solvente apropriado, o qual poderá ser uma parte da base ou outro facilmente incorporável na base e após adicioná-lo à base.

5. Na Prática:

a. Em um gral, adicionar o(s) pó(s) um a um, triturando até a tenuidade desejada;

b. Solubilizá-los como o co-solvente apropriado;

c. Transferir o conteúdo do gral para o cálice, ou recipiente apropriado, lavando por 3 vezes, com a base;

d. Adicionar q.s. da base até a quantidade da metade da quantidade prescrita (± 50%) e homogeneizar;

e. Adicionar o restante da base e homogeneizar (Obs: Incorporar a Base em Progressão Geométrica). Caso seja necessário Filtrar.

Para Ativos Sólidos insolúveis ou parcialmente solúveis em Base Líquida:

1. Se o ativo for insolúvel ou parcialmente solúvel, devemos em primeiro lugar, dividi-lo até a tenuidade desejada em um gral, após molhar com um agente molhante apropriado, o qual poderá ser uma parte da base ou outro facilmente incorporável na base e após adicioná-lo à base.

2. Na Prática:

a. Em um gral, adicionar o(s) pó(s) um a um, triturando até a tenuidade desejada;

b. Molhar com o agente molhante apropriado;

c. Transferir o conteúdo do gral para o cálice, ou recipiente apropriado, lavando por 3 vezes, com a base;

d. Adicionar a base até a metade da quantidade prescrita (± 50%) e homogeneizar;

e. Adicionar o restante da base e homogeneizar. (Incorporar a Base em Progressão Geométrica).

Para Ativos Líquidos em Base Líquida:

1. Se o ativo líquido, for facilmente miscível com a base, adicionar diretamente sobre parte da base, para facilitar a incorporação.

2. na Prática:

a. Em um recipiente apropriado (ex.: Cálice), adicionar a base até a metade da quantidade Prescrita (± 50%);

b. Adicionar os ativos líquidos, um a um, homogeneizando a cada adição;

c. Adicionar o restante da base para completar a quantidade prescrita e homogeneizar (Obs: Incorporar a Base em Progressão Geométrica).

d. Filtrar, caso seja necessário.

3. Se o ativo líquido, for imiscível com a base, adicionar um agente solubilizante (Tween® ou PEG 400, para bases hidrofílicas e Span®, para bases lipofílicas), na menor quantidade possível e após incorporar na base.

4. Na Prática:

a. Solubilizar o ativo líquido com o agente solubilizante escolhido;

b. Se a solubilização foi realizada no gral, transferir para o cálice, lavando 3 vezes com a própria base;

c. adicionar a base até a metade da quantidade Prescrita (± 50%) e homogeneizar;

d. Adicionar o restante da base para completar a quantidade prescrita e homogeneizar (Obs: Incorporar a Base em Progressão Geométrica).

e. Filtrar, caso seja necessário.

Para Ativos Sólidos Solúveis e Líquidos Miscíveis em Base Líquida:

1. Quanto maior o grau de divisão de um sólido mais fácil será a sua solubilização;

2. Se o ativo for facilmente solúvel, podemos, solubilizar inicialmente em um co-solvente apropriado, o qual poderá ser uma parte da base ou outro facilmente incorporável na base e após adicioná-lo à base.

3. Se o ativo líquido, for facilmente miscível com a base, adicionar diretamente sobre parte da base, para facilitar a incorporação.

4. Na Prática:

a. Solubilizar os pós um a um com o co-solvente apropriado, no próprio cálice

b. Adicionar q.s. da base até a quantidade da metade da quantidade prescrita (± 50%) e homogeneizar;

c. Adicionar os ativos líquidos miscíveis;

d. Adicionar o restante da base e homogeneizar (Obs: Incorporar a Base em Progressão Geométrica).

5. Se o ativo for facilmente solúvel, porém apresentar-se com baixa tenuidade, devemos em primeiro lugar, dividi-lo finamente em um gral, e após solubilizar em um co-solvente apropriado, o qual poderá ser uma parte da base ou outro facilmente incorporável na base e após adicioná-lo à base.

6. Na Prática:

a. Em um gral, adicionar o(s) pó(s) um a um, triturando até a tenuidade desejada;

b. Solubilizá-los como o co-solvente apropriado;

c. Transferir o conteúdo do gral para o cálice, ou recipiente apropriado, lavando por 3 vezes, com a base;

d. Adicionar q.s. da base até a quantidade da metade da quantidade prescrita (± 50%) e homogeneizar;

e. Adicionar os ativos líquidos miscíveis;

f. Adicionar o restante da base e homogeneizar (Obs: Incorporar a Base em Progressão Geométrica). Caso seja necessário Filtrar.

 

Para Ativos Sólidos insolúveis ou parcialmente solúveis e líquidos imiscíveis em Base Líquida:

1. Se o ativo for insolúvel ou parcialmente solúvel, devemos em primeiro lugar, dividi-lo até a tenuidade desejada em um gral, após molhar com um agente molhante apropriado, o qual poderá ser uma parte da base ou outro facilmente incorporável na base e após adicioná-lo à base.

2. Como ativo líquido é imiscível com a base, adicionar um agente solubilizante (Tween® ou PEG 400, para bases hidrofílicas e Span®, para bases lipofílicas), na menor quantidade possível e após incorporar na base.

3. Na Prática:

a. Solubilizar o ativo líquido com o agente solubilizante escolhido, no cálice ou se a solubilização foi realizada no gral, transferir para o cálice, lavando 3 vezes com a própria base;

b. Em outro gral, adicionar o(s) pó(s) um a um, triturando até a tenuidade desejada;

c. Molhar com o agente molhante apropriado (OBS.: caso o ativo líquido possa ser usado como agente molhante, utilizá-lo, já com o solubilizante incorporado);;

d. Transferir o conteúdo do gral para o cálice, ou recipiente apropriado, lavando por 3 vezes, com a base;

e. Adicionar a base até a metade da quantidade prescrita (± 50%) e homogeneizar;

f. Adicionar o restante da base e homogeneizar. (Incorporar a Base em Progressão Geométrica).

 

 

Considerações Importantes:

1) A adição de substâncias anfifílicas favorece a solubilização/dispersão de substâncias lipossolúveis em meio aquoso e de substâncias hidrofílicas em meio oleoso;

2) A escolha do veículo, deve estar fundamentada na concentração do ativo, solubilidade, pKa, cor, viscosidade, compatibilidade, da necessidade ou não de agentes suspensores, molhantes e emulsificantes e se for de uso oral, no sabor e na necessidade de edulcorantes e flavorizantes;

3) A técnica de diluição geométrica deve ser aplicada sempre que houver uma diferença entres os constituintes da fórmula, garantindo assim uma perfeita incorporação/homogeneização;

4) A velocidade de dissolução é incrementada com a agitação manual ou mecânica;

5) Adicionar os líquidos de alta viscosidade sobre os líquidos de baixa viscosidade, com agitação constante;

6) Ao dissolver sólidos em líquidos, quanto menor for o tamanho das partículas do sólido, mais rapidamente ocorrerá à dissolução;

7) As substâncias com caráter ácido pouco solúveis em água, têm sua solubilidade aumentada quando em pH básico, pela sua conversão em sal;

8) As substâncias com caráter básico (Bases fracas: Alcalóides e Bases nitrogenadas) normalmente pouco solúveis em água, têm sua solubilidade aumentada quando em pH ácido (Acidificação do meio) , pela sua conversão em sal;

9) Em bases líquidas viscosas a velocidade de dissolução é diminuída, desta forma, dissolver os sólidos em um líquido de menor viscosidade e só depois incorporá-lo a base;

10) Na aditivação de bases contendo tensoativos (Xampus, sabonetes líquidos, loções cremosas), a homogeneização deve ser lenta, evitando a assim a incorporação de ar (aeração) e a formação de espuma;

11) Não utilizar solventes voláteis quando molhar ativos sólidos, pois este poderá evaporar e carrear cristais dos ativos com ele;

12) O aquecimento, na maioria dos casos, aumenta a solubilidade dos ativos e a sua velocidade de dissolução;

13) O processo de filtração só poderá ser executado quando preparamos soluções verdadeiras, assim sendo, quando se tratar de dispersões coloidais, suspensões ou soluções saturadas esta técnica não se aplica;

14) Quando a base for um líquido de viscosidade elevada, dissolver os ativos sólidos em um líquido mais fluido, compatível com a base, antes de incorporá-lo à base;

15) Quando for incorporar ativos sólidos insolúveis, molhar (Levigar) o sólido, com a menor quantidade possível, com a base ou outro líquido compatível com ela;

16) Quando numa solução existirem concomitantemente álcool e água (Mistura hidroalcoólica), dissolver os sólidos nos solventes que apresentam maior solubilidade (ou álcool ou água) antes da incorporação dos dois solventes;

17) Quando se tratar de produtos tópicos, e o ativo for um sólido insolúvel, este deverá ser finamente pulverizado (impalpável) e após, molhado antes de incorporar na base;

18) Retirar o bastão ou qualquer material auxiliar de dentro da vidraria onde o produto está sendo preparado, quando for completar o volume.

 

Fonte/Imagem: Google

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Veículo para Solução Oral “Sugar Free”

http://medics-review.com/wp-content/uploads/2013/02/1359218507_kashelj2.jpg

Os xaropes tradicionais à base de sacarose e as formulações magistrais preparadas com o mesmo são contraindicados para pacientes diabéticos, pois elevam a glicose no sangue. Para estes pacientes deve ser utilizado preferencialmente um xarope dietético isento de sacarose (“sugar-free”). A Fórmula abaixo é um é veículo levemente estruturado (Baixa Viscosidade) usado para soluções (Xaropes) e suspensões, com um sistema tampão (pH 4 a 5).


 

Fórmula
VEÍCULO PARA SOLUÇÃO ORAL “SUGAR FREE”
Ordem Componentes Quantidade Função
Forma Farmacêutica SOLUÇÃO - Xarope
1 Goma xantana 0,05 g Espessante
2 Glicerina Bi-destilada 10,0 mL Edulcorante e Espessante
3 Sorbitol a 70% 25,0 mL Edulcorante
4 Sacarina Sódica 0,10 g Edulcorante
5 Citrato de sódio dihidratado 2,00 g Sistema Tampão
6 Sorbato de Potássio 0,10 g Sistema Tampão
7 Metilparabeno 0,10 g Conservante
8 Água destilada ... q.s.p. ... 100,00 g Veículo
 
Orientações para o preparo (F.S.A.)
1 Adicione cerca de 30mL de água destilada em um béquer e aqueça a cerca de 50º C.
2 Utilizando um agitador magnético, polvilhe a goma xantana, e agite até completar dispersão.
3 Em um béquer separado, dissolva o citrato de sódio, sacarina sódica, o ácido cítrico, o sorbato de potássio e o metilparabeno em cerca de 50 mL de água. Se necessário aqueça um pouco para acelerar a dissolução.
4 Misture o passo 3 ao passo 2 e agite.
5

Adicione a glicerina e o sorbitol.

6 Ajustar para o volume final com água destilada.
7

Envasar em frasco de vidro âmbar.

Notas  

Embalagem e Armazenamento
1 frasco de vidro ou PET âmbar.
2 Armazenar em temperatura ambiente.


Estabilidade
1 Estabilidade aproximada: 6 meses.

Indicações
1 Veículo para soluções orais, tamponado e edulcorado (sem açúcar).
2 Veículo para Xarope para diabéticos
3 Veículo para Suspensões

Advertências
1 Manter fora do alcance de crianças.
2  



Referência:

KIBBE, A.H. Handbook of Pharmaceutical Excipients. Third Edition.Washington: American Pharmaceutical Association, 2000.

THOMPSON, J. E.. A Practical Guide to Contemporary Pharmacy Practice. 2nd edition. Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins, 2004. p.21.7.

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domingo, 26 de maio de 2013

Creme de Cetoconazol a 2%

http://spd.fotolog.com/photo/13/8/102/kasss_ctba_/1156527930_f.jpgMensalmente, haverá um post sobre uma formulação específica. Esta é a primeira de outras publicações que farei de formulações orientativas para auxiliar e facilitar o trabalho de farmacêuticos magistrais e de acadêmicos de farmácia. Sugiro que sejam testadas nas suas farmácias para corroborar com a segurança e eficácia das mesmas.

O Objetivo é criar um Formulário on-line. Estou pensando em criar um blog só para as formulações. Gostaria que vocês me ajudassem na escolha, estou aberto a sugestões, para isso basta comentar que verei qual será a melhor escolha.



Fórmula
CETOCONAZOL 2%, CREME
Ordem Componentes Quantidade Função
Forma Farmacêutica Creme
Fase A (Fase Oleosa)
1 Estearato de iso-octila 15,0 g  
2 Álcool cetoestearílico/laurilsulfato de sódio 10,0 g  
3 Propilenoglicol 20,0 g  
4 Petrolato líquido 5,0 g  
5 Mistura de lauril glicosídeo, dipoli-hidroxiestearato de poliglicerila e glicerol 2,0 g  
Fase B (Fase Aquosa)
6 Água purificada .... q.s.p. ... 100,0 g  
Fase C (Fase Complementar 1)
7 Butil-hidroxitolueno 0,2 g  
8 Cetoconazol 2,0 g  
Fase D (Fase Complementar 2)
9 Solução conservante de imidazolidinilureia a 50% 0,6 g  


Orientações para o preparo (F.S.A.)
1 Em um recipiente adequado, fundir os componentes da Fase A (oleosa) a temperatura de 70 ºC. Em outro recipiente, aquecer a água (Fase B, aquosa) até atingir a temperatura de 75 ºC.
2 Verter a fase oleosa sobre a aquosa sob agitação moderada. Manter agitação até temperatura de aproximadamente 40 ºC.
3 Adicionar a Fase D.
4 Em gral de porcelana pulverizar os componentes da Fase C. Incorporar no gral uma quantidade do creme pronto até formação de uma pasta homogênea. Acrescentar o restante do creme e misturar bem.
5 Verificar o pH, que deverá estar entre 5,0 e 6,0. Se necessário ajustar o pH com solução de ácido cítrico de 25% a 50%.
Notas o cetoconazol é fotossensível. Manipular em ambiente com a menor luminosidade possível.

Embalagem e Armazenamento
1 Em recipiente opaco, perfeitamente fechado.
2 Manter sob refrigeração, ao abrigo da luz e calor.

Modo de Usar
1 Uso externo.
2 Aplicar nas áreas infectadas uma vez ao dia ou a critério médico.

Indicações Terapêuticas
1 Micoses superficiais, incluindo dermatofitoses (Tinea comporis, Tinea cruris, Tinea manum e Tinea pedis), candidíase cutânea e ptiríase versicolor
2  

Advertências
1 Manter fora do alcance de crianças.
2


Referência: Formulário Nacional, 2ª edição – Farm. Bras. Resolução RDC nº 67, de 13 de novembro de 2011 (DOU nº 239, de 14 de dezembro de 2011, Seção 1, página. 52)
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