terça-feira, 28 de maio de 2013

Veículo para Solução Oral “Sugar Free”

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Os xaropes tradicionais à base de sacarose e as formulações magistrais preparadas com o mesmo são contraindicados para pacientes diabéticos, pois elevam a glicose no sangue. Para estes pacientes deve ser utilizado preferencialmente um xarope dietético isento de sacarose (“sugar-free”). A Fórmula abaixo é um é veículo levemente estruturado (Baixa Viscosidade) usado para soluções (Xaropes) e suspensões, com um sistema tampão (pH 4 a 5).


 

Fórmula
VEÍCULO PARA SOLUÇÃO ORAL “SUGAR FREE”
Ordem Componentes Quantidade Função
Forma Farmacêutica SOLUÇÃO - Xarope
1 Goma xantana 0,05 g Espessante
2 Glicerina Bi-destilada 10,0 mL Edulcorante e Espessante
3 Sorbitol a 70% 25,0 mL Edulcorante
4 Sacarina Sódica 0,10 g Edulcorante
5 Citrato de sódio dihidratado 2,00 g Sistema Tampão
6 Sorbato de Potássio 0,10 g Sistema Tampão
7 Metilparabeno 0,10 g Conservante
8 Água destilada ... q.s.p. ... 100,00 g Veículo
 
Orientações para o preparo (F.S.A.)
1 Adicione cerca de 30mL de água destilada em um béquer e aqueça a cerca de 50º C.
2 Utilizando um agitador magnético, polvilhe a goma xantana, e agite até completar dispersão.
3 Em um béquer separado, dissolva o citrato de sódio, sacarina sódica, o ácido cítrico, o sorbato de potássio e o metilparabeno em cerca de 50 mL de água. Se necessário aqueça um pouco para acelerar a dissolução.
4 Misture o passo 3 ao passo 2 e agite.
5

Adicione a glicerina e o sorbitol.

6 Ajustar para o volume final com água destilada.
7

Envasar em frasco de vidro âmbar.

Notas  

Embalagem e Armazenamento
1 frasco de vidro ou PET âmbar.
2 Armazenar em temperatura ambiente.


Estabilidade
1 Estabilidade aproximada: 6 meses.

Indicações
1 Veículo para soluções orais, tamponado e edulcorado (sem açúcar).
2 Veículo para Xarope para diabéticos
3 Veículo para Suspensões

Advertências
1 Manter fora do alcance de crianças.
2  



Referência:

KIBBE, A.H. Handbook of Pharmaceutical Excipients. Third Edition.Washington: American Pharmaceutical Association, 2000.

THOMPSON, J. E.. A Practical Guide to Contemporary Pharmacy Practice. 2nd edition. Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins, 2004. p.21.7.

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domingo, 26 de maio de 2013

Creme de Cetoconazol a 2%

http://spd.fotolog.com/photo/13/8/102/kasss_ctba_/1156527930_f.jpgMensalmente, haverá um post sobre uma formulação específica. Esta é a primeira de outras publicações que farei de formulações orientativas para auxiliar e facilitar o trabalho de farmacêuticos magistrais e de acadêmicos de farmácia. Sugiro que sejam testadas nas suas farmácias para corroborar com a segurança e eficácia das mesmas.

O Objetivo é criar um Formulário on-line. Estou pensando em criar um blog só para as formulações. Gostaria que vocês me ajudassem na escolha, estou aberto a sugestões, para isso basta comentar que verei qual será a melhor escolha.



Fórmula
CETOCONAZOL 2%, CREME
Ordem Componentes Quantidade Função
Forma Farmacêutica Creme
Fase A (Fase Oleosa)
1 Estearato de iso-octila 15,0 g  
2 Álcool cetoestearílico/laurilsulfato de sódio 10,0 g  
3 Propilenoglicol 20,0 g  
4 Petrolato líquido 5,0 g  
5 Mistura de lauril glicosídeo, dipoli-hidroxiestearato de poliglicerila e glicerol 2,0 g  
Fase B (Fase Aquosa)
6 Água purificada .... q.s.p. ... 100,0 g  
Fase C (Fase Complementar 1)
7 Butil-hidroxitolueno 0,2 g  
8 Cetoconazol 2,0 g  
Fase D (Fase Complementar 2)
9 Solução conservante de imidazolidinilureia a 50% 0,6 g  


Orientações para o preparo (F.S.A.)
1 Em um recipiente adequado, fundir os componentes da Fase A (oleosa) a temperatura de 70 ºC. Em outro recipiente, aquecer a água (Fase B, aquosa) até atingir a temperatura de 75 ºC.
2 Verter a fase oleosa sobre a aquosa sob agitação moderada. Manter agitação até temperatura de aproximadamente 40 ºC.
3 Adicionar a Fase D.
4 Em gral de porcelana pulverizar os componentes da Fase C. Incorporar no gral uma quantidade do creme pronto até formação de uma pasta homogênea. Acrescentar o restante do creme e misturar bem.
5 Verificar o pH, que deverá estar entre 5,0 e 6,0. Se necessário ajustar o pH com solução de ácido cítrico de 25% a 50%.
Notas o cetoconazol é fotossensível. Manipular em ambiente com a menor luminosidade possível.

Embalagem e Armazenamento
1 Em recipiente opaco, perfeitamente fechado.
2 Manter sob refrigeração, ao abrigo da luz e calor.

Modo de Usar
1 Uso externo.
2 Aplicar nas áreas infectadas uma vez ao dia ou a critério médico.

Indicações Terapêuticas
1 Micoses superficiais, incluindo dermatofitoses (Tinea comporis, Tinea cruris, Tinea manum e Tinea pedis), candidíase cutânea e ptiríase versicolor
2  

Advertências
1 Manter fora do alcance de crianças.
2


Referência: Formulário Nacional, 2ª edição – Farm. Bras. Resolução RDC nº 67, de 13 de novembro de 2011 (DOU nº 239, de 14 de dezembro de 2011, Seção 1, página. 52)
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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Controle de Qualidade – Noções Básicas

Pipetas, Provetas e Buretas
Objetivo: Manusear aparelhos destinados a medir volume
Fundamentação Teórica
A medida precisa de volume é uma prática importante e muitos métodos analíticos, assim como na tecnologia farmacêutica no preparo de formulações.
O processo de medida de volumes de líquidos é uma prática trivial para o farmacêutico-magistral, porém, se não for feita com parcimônia pode acarretar em erros.
O instrumento de medição deve ser adequado ao volume a ser medido e a precisão desejada. Desta forma, para minimizar o erro, os instrumentos devem apresentar uma forma cilíndrica e a coluna de líquido formada deve ser a mais estreita possível. Assim sendo, um erro de leitura, será menor para a pipeta, intermediário para a proveta e maior para o cálice.
Segundo a USP, uma proveta graduada cilíndrica aceitável com 10 mL e diâmetro interno de 1,18 cm contêm 0,109 mL de líquido em cada 1 mm. Se o farmacêutico-magistal errou na leitura em 1 mm, causaria um erro de 1,09% ao medir 10 mL, 2,18% ao medir 5 mL e 10,9% ao medir 1 mL. Observando o fato, o instrumento de medida, deverá ter a capacidade igual ou pouco superior à quantidade a ser medida.
Conforme Goldstein e Mattocks, com base em um erro de leitura de 1 mm da marca e erro permissível de 2,5% e 5,0 %, as menores quantidades a serem medidas nas seguintes provetas cilíndricas graduadas, conhecidos os diâmetros internos, são as seguintes:
Proveta
Diâmetro interno
Desvio do volume real
Volume Mensurável mínimo
2,5 % de Erro
5,0 % de erro
5,0 mL
0,98 cm
0,075 mL
3,00 mL
1,50 mL
10,0 mL
1,18 cm
0,109 mL
4,36 mL
2,18 mL
25,0 mL
1,95 cm
0,296 mL
11,84 mL
5,92 mL
50,0 mL
2,24 cm
0,394 mL
15,76 mL
5,88 mL
100,0 mL
2,58 cm
0,522 mL
20,88 mL
10,44 mL

Qualquer que seja o instrumento de medida é importante assegurar que:
  • A medida deve ser realizada na vertical e a leitura feita no menisco;
  • O líquido deve ser cuidadosamente escoado até o completo esgotamento;
  • Evitar a utilização de diferentes instrumentos de medida em uma mesma formulação;
  • Selecionar, sempre, o menor instrumento para a medida, o mais próximo possível do volume desejado;
  • Quando medir líquidos viscosos, é necessário dar o tempo adequado para se proceder a leitura do menisco;
  • Caso o líquido a ser medido for muito viscoso, pode-se medir o volume pela diferença.
Os equipamentos para medidas confiáveis de volume usualmente utilizados são:
1- Pipetas:
As pipetas são tubos cilíndricos de vidro utilizados para transferir, ou seja, medir e escoar, determinados volumes de um líquido. Assim, as pipetas permitem a transferência de volumes conhecidos, com precisão, de um recipiente para outro.
Existem dois tipos fundamentais de pipetas:
· Pipeta Volumétrica ou de Transferência: São pipetas que transferem um volume fixo, único, entre 0,5 e 200 mL, apresentando códigos coloridos para facilitar a identificação do volume dispensado. São tubos cilíndricos de vidro com a ponta afilada, providas de um reservatório central, podendo ser de escoamento parcial ou total.
· Pipetas de Medida ou Calibradas: São pipetas aferidas em unidades convenientes para que permitam a dispensa de qualquer volume, até uma capacidade máxima, a qual pode variar entre 0,1 a 25 mL. Apresentam também graduações que podem ser decimais (1/10) ou centesimais (1/100) do milímetro. Também são confeccionadas em vidro em formato cilíndrico com a ponta afilada.
As pipetas volumétricas e calibradas são preenchidas até a sua marca de calibração na parede externa; a transferência do conteúdo da pipeta para o recipiente é dependente de cada caso.
Como existe uma atração entre a maioria dos líquidos e o vidro, uma pequena quantidade de líquido tende a ficar retida na ponta da pipeta, depois que a mesma é esvaziada. Este liquido residual em alguns casos pode ser soprado e em outros não.
2  - Provetas:
São cilindros graduados destinados a medir volumes aproximados de determinados líquidos. A graduação é variável de acordo com a capacidade máxima.

3 - Buretas:
As buretas são capazes de dispensar qualquer volume, até a sua capacidade máxima, sendo que estas apresentam uma precisão muito maior que a da pipeta, ou seja, são aparelhos volumétricos que medem volumes exatos.
A bureta consiste de um tubo cilíndrico graduado, de calibre uniforme na fração graduada, usado para conter uma solução titulante, mais um sistema de válvulas (torneira), pelo qual a vazão é controlada.
O sistema de válvula é o que diferencia os tipos de buretas. A mais utilizada na atualidade é equipada com uma torneira de vidro colocada dentro de um cilindro de vidro esmerilhado. Um lubrificante é colocado entre as paredes para selar a passagem do líquido, devendo ser executada uma cuidadosa limpeza após o uso para evitar possíveis travamentos. Torneiras de Teflon® são comumente utilizadas, pois não são afetadas pela maioria dos reagentes e dispensão as lubrificações.
As marcas de volume na parede externa destas vidrarias são aferidas com os equipamentos limpos. Assim um nível semelhante de limpeza é necessário para que estas marcas possam ser utilizadas com confiança, pois somente assim será formado um filme superficial uniforme do líquido. Portanto, a existência de poeira, óleo ou outro contaminante irá romper este filme, sendo esta uma indicação de que a superfície está “suja”.
A limpeza deve ser feita com uma solução aquecida de detergente com uma agitação suave e breve, evitando a formação de “bolhas”, a qual irá retirar a maioria dos contaminantes. Certifique-se que a vidraria está limpa observando o filme de água na parede, o qual deve ser homogêneo, ou seja, sem há ruptura do filme. Depois de limpo, a vidraria deve ser enxaguada abundantemente com água de torneira e após com água destilada por duas a três vezes. Raramente é necessário secar vidraria volumétrica.
Ao adicionarmos um líquido em um tubo estreito este exibe uma curvatura marcante que é denominada de Menisco (Fig 01 a). Comumente é utilizada a parte inferior do menisco como ponto de referencia na aferição e no uso de equipamento volumétrico. Este ponto mínimo pode ser mais bem visualizado segurando-se um cartão de papel opaco atrás da coluna graduada (Fig 01 b).
Ao ler o volume, seu olho deve estar no nível da superfície do líquido para assim evitar um erro devido à paralaxe. O erro de Paralaxe é um fenômeno que pode provocar uma leitura: (a) do volume menor que seu valor real se o menisco for “olhado” por cima da superfície e (b e c) do volume maior se o menisco for “olhado” abaixo da superfície do líquido (Fig 01 d).

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a)
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b)
c)clip_image006[7] d)clip_image008[7]
Figura 01: a) Menisco; b e c) Leitura do Mensico; d) Erro de Paralaxe.

Procedimento:
1 - Uso de Pipetas
Introduzir a ponta inferior da pipeta (ponta da pipeta) no líquido, nem superficialmente, nem profundamente demais, ou seja, no meio da solução ou líquido que deseja transferir
Aspirar o líquido até uma altura superior a marca de aferição ou ao “Zero”, respectivamente na pipeta volumétrica e na pipeta graduada.
Vedar a parte superior da pipeta com o dedo indicador impedindo a liberação do líquido. Certifique que não há bolhas no líquido e nem espuma em sua superfície. Retirá-la do líquido, e inclinar um pouco enxugando a parede externa com papel absorvente.
Tocar a ponta da pipeta no recipiente para ajustar o nível do líquido ao traço de referência superior, deixando o líquido escoar vagarosamente, dando uma ligeira folga na pressão exercida pelo seu dedo indicador, deixando-a na posição vertical.
Então coloque a ponta da pipeta dentro do frasco receptor (onde se deseja transferir o líquido) e deixe o líquido escorrer vagarosamente como descrito acima, até o volume desejado. A seguir vede novamente a parte superior com o indicador e retire a pipeta do frasco receptor.
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Figura 02: Técnica de Pipetagem

2 - Uso de Buretas
Antes de usada a bureta deve estar muito limpa e a torneira lubrificada com graxa especifica.
Montar a bureta em suporte adequado de maneira que a torneira fique voltada para baixo e para o lado direito (Fig 04).
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Figura 04: Montagem da Bureta.

Certifique-se que a torneira esteja fechada. Adicione 5 a 10 mL do titulante e cuidadosamente rode a bureta para molhar seu interior completamente. Deixe o líquido escoar através da torneira. Repita este procedimento pelo menos duas vezes.
Então encha a bureta bem acima da marca do “Zero”. Libere as bolhas de ar que existam na ponta da bureta rodando rapidamente a torneira, e permitindo, assim que pequenas quantidades do titulante passem pela ponta e arraste o ar. Finalmente, abaixe o nível do líquido até a marca do “Zero”. Após enxuga-se a extremidade externa da ponta da bureta com papel absorvente, tomando cuidado para que este não absorva o conteúdo do líquido na ponta da bureta. Manusear a torneira com a mão esquerda como a figura abaixo.
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Figura 05: Manuseio correto da torneira da bureta

O desenho exemplifica o método mais adequado para a manipulação da torneira da bureta. Quando a mão é colocada desta forma, qualquer tendência para movimentos laterais pela torneira será na direção de firmá-la.
Então proceda a marcação de volume necessária, escoando, lentamente, o líquido da bureta.
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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Controle de Qualidade – Controle da Qualidade da Água - 2

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Controle de Qualidade – Controle da Qualidade da Água

 

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Controle de Qualidade - Volumetria

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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Controle de qualidade 4 - Handbook of Pharmaceutical Excipients

O Handbook of Pharmaceutical Excipients é um guia completo para excipientes farmacêuticos: usos, propriedades e segurança. É uma referência essencial para todos os envolvidos no desenvolvimento, produção, controle ou regulação de produtos farmacêuticos.

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Controle de Qualidade 3 – Provas Básicas para Substâncias Farmacêuticas

O conteúdo deste livro foi editato pela OMS, e apresenta provas para o controle básico de medicamentos. Clicar na imagem para baixar o arquivo

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Controle de Qualidade – Provas Básicas para Formas Farmacêuticas

O conteúdo deste livro foi editato pela OMS, e apresenta provas para o controle básico de medicamentos. Clicar na imagem para baixar o arquivo

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Controle de Qualidade 2 – Provas Básicas para Medicamentos

O conteúdo deste livro foi editato pela OMS, e apresenta provas para o controle básico de medicamentos. Clicar na imagem para baixar o arquivo

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